Venceu processo

Globo vence processo por acusação de plágio contra quadro produzido no Vídeo Show

Quadro Partiu Projac, acusado de plágio, foi exibido em 2014

Publicado em 15/01/2020

A Globo venceu um processo contra o produtor Vasco Valentino Pigozzi, que alegou que a emissora o copiou em um quadro do extinto Vídeo Show, chamado Partiu Projac. Valentino alegou que o quadro foi inspirado em uma ideia sua para o canal no Youtube dos Postos Ipiranga, chamado Carona Inusitada, onde ele levava anônimos para contar suas histórias. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro alegou que o quadro é de criação universal e que a própria Globo já havia usado a ideia antes com algumas adaptações.

Segundo os autos do processo, aos quais o Observatório da TV teve acesso, Valentino alegou que tinha registrado o quadro em 2014. Naquele ano, o Partiu Projac estreou no Vídeo Show. Nele, Otaviano Costa pegava um famoso em sua casa e o levava para os Estúdios Globo, localizado no bairro de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Ao ver o quadro, entrou com o processo contra a Globo e o diretor do programa na época, Ricardo Waddington.

Em sua defesa, a emissora carioca alegou que quadros semelhantes já eram produzidos por TVs do mundo inteiro. Além disso, em 2013, a Globo afirmou que um quadro de teor semelhante foi apresentado por André Marques no mesmo programa. Chamado de Rolê com André, o apresentador entrevistava famosos em uma limusine e eles contavam fatos curiosos de toda a sua vida profissional e pessoal.

Marca do quadro Partiu Projac, acusado de plágio: Globo venceu processo (Reprodução/Globo)
Marca do quadro Partiu Projac acusado de plágio Globo venceu processo ReproduçãoGlobo

Desembargadora diz que a Globo usou uma ideia já usada anteriormente no Vídeo Show

A relatora do caso, desembargadora Natacha Nascimento de Oliveira, afirmou que a ação era frágil porque a ideia alegada por Valentino era apenas um projeto piloto e que ele não chegou a ser implementada de vez. Além disso, ele alega que o próprio Valentino afirma que era apenas uma ideia apresentada e não colocada em pratica, o que a legislação não protege.

“Na verdade trata-se de programa piloto, mencionado, inclusive, pelo mesmo como um projeto em sua exordial. Mera exposição de ideia. Anterioridade do formato do programa exibido pela ré. Violação ao direito autoral não configurada”, diz a desembargadora em seu despacho.

Em primeira instância a Globo já havia vencido a ação. Nesta decisão, recurso do primeiro entendimento, a desembargadora seguiu dando vitória para a Globo. O caso ainda pode ser levado a esferas maiores da Justiça, como o STJ (Superior Tribunal de Justiça). O Vídeo Show foi extinto em 2019, depois de mais de 30 anos na programação da Globo. O Se Joga ocupou seu lugar.

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