Luto

Morre aos 71 anos o jornalista Nelson Hoineff, criador do Documento Especial

Causa da morte não foi revelada; enterro é na segunda

Publicado em 15/12/2019

Faleceu nesta manhã de domingo (15), no Rio de Janeiro, aos 71 anos, o jornalista e crítico de cinema Nelson Hoineff. A confirmação de seu falecimento ocorreu por meio de sua conta oficial no Facebook, a saber. A causa não foi divulgada pela sua família. Hoineff é grande conhecido do público por ter criado e dirigido a partir de 1989 o clássico jornalístico Documento Especial, da extinta Rede Manchete.

“É com grande pesar que eu Edileusa venho comunicar há todos amigos e familiares que nosso amigo Nelson Hoineff acaba de falecer” (sic), afirma a curta nota de falecimento. O enterro de Hoineff será nesta segunda-feira (16), às 12h, no cemitério Israelita do Caju, localizado na Zona Norte do Rio de Janeiro.

Nelson Hoineff nasceu em 1948 e foi um dos nossos mais atuantes jornalistas e críticos de TV. Na televisão brasileira, dirigiu o departamento de programas jornalísticos da Manchete. Só para ilustrar, o jornalista também passou por SBT, Band, GNT, TV Cultura e TVE do Rio de Janeiro.

“Documento Especial: Televisão Verdade”

Seu maior destaque na TV foi o programa Documento Especial, exibido na Manchete, SBT e Band de 1989 a 1997. Dono de um estilo único, o Documento Especial tratava de temas da atualidade com abordagens únicas e imagens cruas. De maneira que o tom geral da atração, apresentada inicialmente por Roberto Maya e depois também por Henrique Martins, justificava seu subtítulo: “Televisão Verdade”. Com efeito, sua aceitação foi rápida e o programa chegou a ser líder de audiência em seu auge, em 1990.

Entre os programas considerados grandes clássicos do Documento Especial, com toda a certeza, estão reportagens como Os Pobres Vão à Praia. Produzida em 1989, ela é um grande sucesso de visitas no YouTube até os dias de hoje. Também merece menção Vidas Secas. Esse documentário sobre a fome no Nordeste rendeu ao programa o Prêmio Príncipe Rainier no Monte-Carlo TV Festival, a premiação máxima de reportagem no mundo, a saber.

Nelson Hoineff foi crítico de cinema e dirigiu documentários

Além de seu trabalho na televisão, Hoineff foi crítico de cinema e dirigiu documentários. Só para exemplificar, um deles foi Alô, Alô, Terezinha, de 2008, que falava da vida e do sucesso de Abelardo Barbosa, o Chacrinha. Caro Francis (2009), sobre o jornalista Paulo Francis, e Cauby – Começaria Tudo Outra Vez (2015), focado no cantor Cauby Peixoto, foram outros de seus filmes.

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