Ratinho teve sua participação limitada pela Justiça nos eventos de seu filho, o candidato a governador do estado do Paraná Ratinho Júnior (PSD).
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A determinação foi dada pelo juiz Gilberto Ferreira, do TRE (Tribunal Regional Eleitoral), determinou nesta sexta-feira (21). Na decisão, foi frisado que atos relacionados à campanha do político não podem colocar Ratinho em uma função de apresentador ou animador.
A Justiça considera que a presença do comunicador estava sendo usada como um motivo para “atrair um público maior aos comícios de Ratinho Júnior”, extrapolando os limites da liberdade de expressão, além de desequilibrar a disputa.
Ferreira utilizou peças da campanha que exaltavam a participação de seu pai artista. Entre os materiais apresentados estava um dos convites, onde continha a frase: “Venha dar um abraço no Ratinho!”.
“Não se pode impedir que o cidadão Ratinho preste apoio ao filho durante a campanha eleitoral, inclusive participando de comícios e eventos. Contudo, deve-se evitar o abuso desse direito”, escreveu Ferreira.
O magistrado ressaltou que o intuito não é proibir o apoio apresentador do SBT na campanha eleitoral de seu filho, algo não permitido pela lei. Entretanto, ele afirma que celebridades e artistas não podem atuar em eventos de campanha “na condição de protagonistas”.
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Ratinho pedia votos ao filho em eventos
De acordo com matéria da Folha de S.Paulo, em um dos eventos políticos do candidato do PSD em Curitiba, o apresentador aproveitou para pedir votos ao herdeiro: “Se vocês gostam do Ratinho, desse Ratinho aqui [aponta para si], votem no meu filho”.
Vale lembrar que Ratinho Júnior já foi eleito a deputado estadual e federal, bem como atuou como secretário de Desenvolvimento Urbano na capital paranaense.
Atualmente, ele se apresenta em primeiro lugar nas pesquisas de opinião. No último estudo divulgado Ibope, por exemplo, o filho do comunicador tinha 42% das intenções de voto, contra 13% de Cida Borghetti, do PP, que é a atual governadora do estado.
Foi a coligação de Cida, aliás, que fez o pedido à Justiça. A decisão tem caráter provisório e cabe recurso.
Segundo o próprio candidato, a Justiça “está querendo crucificar um pai”. Ele diz que seu pai participa dos atos para contar a história da família e da atuação do filho como gestor.