Record TV

“Não vamos mergulhar profundamente”, diz Cristianne Fridman sobre abordagem da prostituição em Amor Sem Igual

Trama estreia dia 10 no lugar de Topíssima

Publicado em 05/12/2019

Cristianne Fridman anda incansável no batente. Depois de praticamente emendar os textos de Topíssima – que chega ao fim no próximo dia 9 (segunda-feira) – com a série bíblica Jezabel, a novelista se prepara para emplacar seu terceiro trabalho praticamente em sequência com Amor Sem Igual.

Principal autora de folhetins da Record TV, ela admite que desenvolver tantos projetos em sequência tem seu lado exaustivo. “Tô com cara? [risos] Bate sim. Tive que recorrer a muita vitamina, orgânicos… Cansa bastante. Eu passo o dia escrevendo. 12 horas, de domingo a domingo. É difícil“, confessa.

Mesmo assim, ela reitera que a nova empreitada vem cheia de boas novidades. “É uma novela romântica, com humor, com emoção, com ação. Tem diversos ingredientes pra agradar diferentes públicos“, ressalta.

Confira a entrevista completa da novelista com o Observatório da Televisão.

OBSERVATÓRIO DA TELEVISÃO – Você tem reiterado que Amor Sem Igual é uma novela para a família brasileira assistir. O que Amor Sem Igual tem que vai manter a família toda diante da TV?

CRISTIANNE FRIDMAN – É uma novela romântica, com humor, com emoção, com ação. Tem diversos ingredientes pra agradar diferentes públicos. Quando a gente fala que é uma novela protagonizada por uma garota de programa, muita gente pensa: ‘ih, vem aí uma novela de prostituição, barra pesada…’ Não, não é isso. A personagem [Angélica] é uma garota de programa, mas nós não vamos mergulhar nesse universo da prostituição. Vamos abordar, sim. Mas não mergulhar profundamente, porque estamos num horário, o das 20h30, onde não dá pra expor certas coisas que não cabem ali. Amor Sem Igual é uma novela que mantém as características das novelas da Record TV: muito humor, muita ação… É uma novela romântica.

A Dona do Pedaço, que acabou recentemente, foi um exemplo de novela que fez sucesso através das redes sociais, com sua Vivi Guedes (Paolla Oliveira). Amor Sem Igual também vai investir nesse segmento, através da personagem Maria Antônia (Michelle Batista). Como vocês desenvolveram essa ideia?

É algo que veio com a própria personagem. Maria Antônia é uma jovem que não expõe a própria opinião, não pede a opinião da família e vai pras redes sociais, querendo se informar, querendo a troca com os amigos… Bem coisa da garotada de hoje. Hoje em dia é mais fácil eles se encontrarem pra bater papo na rede social do que sair pra um shopping, pra um cinema… As pessoas não estão se vendo ao vivo. Estão se vendo ‘zapeando’.

A campanha da novela ressalta muito o poder transformador do amor. Você acredita mesmo que o amor é capaz de transformar as pessoas?

Eu acredito! A gente nasceu pra amar, pra ser feliz, pra se transformar, no sentido de buscar a felicidade de cada um. Eu acredito na felicidade e no amor, acho que a gente nasceu pra ser feliz, pra ser amado e pra amar.

É a sua terceira novela seguida, depois de ter feitos antes Topíssima e Jezabel. Bate um cansaço?

Tô com cara? [risos] Bate sim. Tive que recorrer a muita vitamina, orgânicos… Cansa bastante.

Como é o seu processo de escrita?

Eu passo o dia escrevendo. 12 horas, de domingo a domingo. É difícil.

Está rolando um boato de que Topíssima terá uma continuação. Isso é verdade?

É verdade sim.

Além da prostituição, que outros temas de interesse social vocês vão abordar em Amor Sem Igual?

Vários. Bipolaridade, câncer de mama, venda de órgãos humanos. Essa questão também das agências de jogadores de futebol, essa garotada que às vezes investe tudo [por uma chance]… Porque a gente vê casos como o do Neymar, no maior sucesso, e não sabe que a maioria fica de fora. É preciso tomar muito cuidado com esse mundo de ilusão. Às pessoas precisam ter a noção real, saber que há muitos que não chegam lá.

Colocar uma garota de programa como protagonista é uma ousadia, principalmente em se tratando de um folhetim da Record TV. Foi difícil convencer a direção?

Na verdade, foi uma sugestão da Cristiane Cardoso [diretor de dramaturgia da casa, e filha de Edir Macedo, dono da emissora]. A supervisão da Cristiane é algo que costuma nos acrescentar muito, e essa proposta veio dela. Eu achei uma proposta bem ousada. Eu entendo a sua pergunta, porque muitos temos um certo pé atrás com a Record, por causa das novelas bíblicas, da igreja… Mas as coisas não são tão por aí.

(entrevista realizada pelo jornalista André Romano)

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