A final do MasterChef – A Revanche trouxe uma série de lições para Vitor Bourguignon, vencedor da atual temporada. Até os minutos finais do reality da Band ele acreditava que não iria levar o prêmio de R$250 mil pra casa, além do tão cobiçado troféu do programa de Ana Paula Padrão, mas sim Estéfano Zaquini.
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Para o chef de cozinha, que possuí uma hamburgueria e que pretende abrir outros negócios no ramo da gastronomia, entre eles, um buffet, e até dar aulas pelas redes sociais e programas de TV, Estéfano era o favorito ao prêmio por ter um tempo a mais que ele na cozinha e por ter entrado no reality na temporada de 2014.
“Ele é extremamente merecedor tanto quanto eu do troféu. Ele tem uma trajetória de vida, de MasterChef linda. Eu confesso que até o anúncio eu me colocava como o vice-campeão, por isso eu fiquei até sem reação. Achei isso por conta do desenrolar da prova, da forma como ter que decidir na sobremesa. Foi muito honroso dividir esse momento com o Estéfano. Gostaria que ele tivesse levantado esse troféu comigo”
Quando questionado se achava que os outros eram mais capazes do que ele, Vitor fez um balanço: “Isso não, mas talvez com repertório de cozinha maior. Muito por conta de outras temporadas anteriores. É só imaginar que tem uma por ano, eu sou da quarta temporada, 2017, então tinham três temporadas com pelo menos um, dois ou três anos à minha frente em termos de estudos, experiências e oportunidades. Naturalmente é de se pensar que eles estariam à frente em relação a esse repertório”.
Um dos pontos altos da trajetória do rapaz foi ter passado uma temporada num dos restaurantes de Paola Carosella, jurada do reality: “A chef Paola representa uma oportunidade de aprendizado. Ela me ofereceu um estágio no momento da minha eliminação, na quarta temporada. A partir daquele momento descobri o que era cozinha. Minha primeira experiência profissional. Me mostrou e me deu a luz de realmente saber do que quero então sou muito grato a oportunidade que ela me deu”.
Paola Carossella
Ainda sim, ele recusou ser efetivado na cozinha de Carossella e explicou o motivo: “Eu entendo que a vida é feita de oportunidades e no momento que o meu estagio se encerrou e a efetividade no restaurante chegou eu tive outra oportunidade, possibilidade em abrir o meu restaurante em Curitiba, e durante esses três meses, absorvi o que era mais fundamental, em termos de processo, técnicas, aprendizados, lá no Arturito entendi que poderia caminhar com a minhas próprias pernas e foi isso que fiz”.
A eliminação no programa nunca foi vista com dificuldades por Vitor, afinal, com a sua saída, ele teve a oportunidade de se dedicar mais aos estudos, vivenciar novas experiências e amadurecer ideias: “Nunca enxerguei como pedra no sapato minha eliminação, e sim como trampolim a participação. Tive muitas idas e vindas, na primeira edição quase fui eliminado por ter cortado meu dedo, passei pela repescagem, sai de novo, depois dediquei minha vida aos estudos e à gastronomia. Estou muito mais preparado”.
Os próximos passos de Bourguignon será se firmar na carreira gastronômica e aproveitar as oportunidades que o programa oferece: “Consistência e trabalho duro. Sei que essa euforia uma hora passa, normal. Já tiveram outros campeões pra servir de exemplo e eu não quero deixar isso me afetar. Sei do meu momento. Agora quero curtir ele, mas sempre com o pé no chão e muito trabalho”.