Entrevista

Isis Valverde fala de seu personagem em Amor de Mãe e elogia autora: “Manuela é um gênio”

Atriz explica como faz para deixar filho bebê em casa

Publicado em 06/11/2019

A atriz Isis Valverde se prepara para encarar uma nova personagem. Depois da Ritinha, de A Força do Querer, em 2017, ela reaparece no horário nobre com a Betina, de Amor de Mãe, nela escrita por Manuela Dias e que estreia em 25 de novembro, na Globo. Apesar de não ser protagonista, o papel de Valverde promete chamar a atenção por transitar no núcleo central.

Em entrevista ao Observatório da Televisão, a atriz adiantou detalhes da personagem, da trama e, ainda, falou sobre como é retornar às novelas após a maternidade Confira abaixo.

Eu quero que você fale para a gente desse amor de mãe, já que você foi mãe, é mãe, agora. Fale como é esse tema para você.

Olha, eu já falei ali atrás. Na história, eu sou filha, eu não sou mãe. Mas, para mim, como mãe hoje, interpretar uma filha é muito mais intenso, porque, eu não sei se só comigo que aconteceu isso, mas, quando eu me tornei mãe, eu olhei para minha mãe de uma forma totalmente diferente.

Era, assim, como se o amor tivesse triplicado, sabe? Caraca, cara, muito mais intenso do que eu imaginava. E ela sempre falava isso, que, quando eu tivesse um filho, eu ia saber toda a preocupação que ela tem comigo, todo o amor que ela tem. Hoje eu sei, está sendo muito especial ser essa filha na história, sabe? Porque eu sou uma filha e vejo a minha mãe passar por umas situações muito difíceis. E está sendo muito especial. Acho que a gente está precisando de amor, né?

Deixar o filho em casa

E sair e deixar seu filho agora para vir trabalhar, é complicado, está sendo difícil para você?

Cara, todo dia é, o café da manhã e tal. Mas ele está bem, está com o pai, o pai está lá mimando ele. Aí, hoje eu saí da gravação, cheguei em casa, mal olhei para ele, que eu tive que correr, tomar banho, me arrumar e sair de novo. Às vezes, dói o coração, mas eu acho que faz parte, né? Se a gente abdicar da nossa vida profissional, a gente… Eu, pelo menos, vou acabar infeliz. Então, eu tenho que tentar conciliar, mesmo que doa um pouquinho no início.

Agora fale para a gente desse personagem, da Betina.

Ai, meu Deus! É muita coisa para falar. Betina, cara, foi um presente que o Zé [José Villamarin, diretor artístico] me deu, enfim, o Zé, toda a equipe, a Manuela [Dias, escritora], eles me entregaram uma joiazinha. A Betina é uma mulher muito legal, sabe? Eu queria ser amiga da Betina. Só que ela tem uma vida, cara, que cê fala “cara, não estou acreditando que ela vai passar por isso”.

Então, são muitos acontecimentos na vida dela, intensos, sabe? Com profundidade lá embaixo. Uma delas, que eu estou muito feliz de pode levar para a sociedade, essa questão da violência à mulher. Ela sofre um relacionamento abusivo, tanto fisicamente, quanto verbalmente falando. E é muito intenso porque, assim, mostra o medo, mostra ela não querendo abrir a situação dela para outras pessoas.

Dever social

E eu acho muito importante a gente levar essa questão porque o silêncio mata, né? Essas mulheres são chamadas de sobreviventes, olha isso? Não é uma vítima de abuso, é uma sobrevivente, porque o cara poderia ter matado ela. Ela é uma sobrevivente.

Então, essa mulher corre risco de vida. Se ela guarda a agressão para ela, ela corre o risco de morrer. Então, é muito importante você colocar isso numa trama, numa novela, que todo mundo vai assistir, que o povão vai assistir, a galera que não tem muito acesso, a galera que está lá na roça, que não sai de casa, morre de vergonha, acha que tem que ser aquela mulher subalterna, o cara está descendo a coça nela. Ela olha para minha personagem e fala “não, ela não está aceitando isso, porque eu tenho que aceitar, eu vou contar”. Sabe?

E eu estou muito feliz, essa é uma das tramas dela, eu acho muito legal. Então, é um personagem que, enfim, tem outros caminhos, tem amores, tem situações que ela vai ter que lidar com a mãe. Aí, vocês vão acompanhar na novela. Mas essa coisa social, assim, que eu estou trazendo para o personagem, eu estou achando muito legal, muito importante.

Romance na novela

Na novela, ela vai passar por uma situação difícil também, né? Esse amor que ela vai ter, que ele também tem uma vida complicada, de amor.

Eu não posso falar muito dessa relação, mas ali existe muita verdade, muita cumplicidade e muita clareza. Então, não é um relacionamento escuro, nem nada disso. É um relacionamento muito iluminado. Eu acho que é isso que choca as pessoas, sabe? É amor mesmo, sabe? Eu acho que os dois estão em uma situação muito difícil, saindo de relações muito difíceis. Eu acho que o amor, às vezes, nasce de uma forma muito torta. Nem sempre é um dia de sol, nem sempre o mar está calmo e quente. Às vezes, o amor vai nascer e vai estar uma tormenta. Aí cabe você aceitar esse amor ou não.

Amor de Mãe é uma novela que você quis fazer muito, né? Como é estar imersa nesse universo da Manuela Dias?

Cara, eu já sabia que o Zé ia fazer essa novela, mas eu tinha um projeto um pouco antes, eu não sabia se ia dar para fazer essa novela. Só que eu engravidei, e a vida é isso, né? É o que a novela traz, a novela traz que a vida é você está aqui e, de repente, você cai. “Espera aí, por que eu cai?”. Sabe? Isso é muito legal, é uma novela real. As cores são reais, o figurino é real, ele foi também pego de surpresa.

Contato com o diretor

Aí foi a hora que ele falou “cara, eu tenho um projeto, não vou te contar agora”. Aí foi passando o tempo, foi a hora que eu cheguei na reunião, ele me contou a história inteira, “história de mães, mas eu queria que você fosse um personagem da sua faixa, que eu acho que é uma personagem que você vai se interessar. Ele começou a contar o que era a Betina para mim. Eu achei incrível, cara.

Primeiro, para eu acaba com meu medo de sangue. Segundo, porque é um personagem desafio, sabe? Hoje eu saí do PROJAC para vir para cá, eu estava, cara, vazia de fazer cena. Eu dei tanto de mim na cena, que falei “não tenho mais nada para dar, vou embora”.

Esse dar, acredito eu, que a Manuela exige também do espectador, né? Que a gente vê as coisas da Manuela e a gente fala assim “meu, Deus”.

Manuela é um gênio. Eu nunca vi assim… É uma das autoras mais geniais que eu conheço, hoje, na atualidade, é a Manuela. Manuela é jovem, ela é uma autora ágil, ela tem um diálogo rico. Você tem prazer em ler e assistir. Você não consegue tirar o olho. Eu não consigo parar de ler os capítulos. É uma loucura. Para mim, é uma honra estar numa novela com tantas atrizes e atores competentes, e talentosos, porque eu quero aprender, eu quero crescer na minha carreira. E a única maneira de você aprender e crescer é você topar desafios que te encarem de frente.

A influência da maternidade

E fazer essa novela logo depois da maternidade, Amor de Mãe, logo depois da chegada da maternidade…

É louco. É igual eu falei, eu não sou mãe na história, mas ser uma filha também está sendo uma outra forma de olhar, sabe? Um olhar diferente da Isis, um personagem que, talvez, não seria a mesma filha, entendeu? Então, está muito legal.

O seu personagem retrata o machismo. Eu queria saber como é para você educar um filho homem nesse universo que continua extremamente machista, porque menino chora, sim.

Lógico que chora. Eu não acho que é só menino, porque tem muita mulher muito machista do que homem, bem mais. Então, eu acho que tanto a mulher quanto o homem tem que ser educado da mesma forma, porque tem homens que são muito legal e você olha a mulher e ela está lá, machistona. Uma linguagem bem retrógrada, meio bizarra. Então, eu acho que vou dar o melhor de mim.

Eu espero que meu filho entenda que as pessoas são diferentes e, ao mesmo tempo, têm direitos iguais. Isso é muito difícil, não vou dizer que é fácil você criar um ser humano. Você evoluir um ser humano, você amadurecer um ser humano, mas, cara, eu vou dar o melhor de mim para ele, pode ter certeza.

Personagem mais adulto

Você considera esse personagem o de maior carga dramática que você já teve? Também pode dizer que é a mais adulta que você já teve até agora?

A Sereia é bem adulta, O Canto da Sereia, era bem adulta. E a última, o filme que eu fiz, também, era bem adulta, era a Teresa. Então, não. A Betina é mais nova que a Teresa, por exemplo. Mas eu acho que ela é mais vivida, emocionalmente falando.

Ela é muito forte, o personagem que dentro de uma fragilidade, que você fala nadinha e ela… No meio do caos, você fala “eu estou acabada por dentro, mas eu vou trabalhar porque eu preciso, eu mereço ter o melhor para mim, eu mereço ter o meu dinheiro, eu mereço ter minha casa, eu preciso pagar conta. Então, é muito real, sabe? Não é aquele personagem “agora, me dê um tempo, vou chorar um dia na cama”. Betina não é essa mulher, ela não tem um dia para chorar na cama.

Você acredita que o público possa ter um certo tipo de raiva da Betina ou o público vai aceitar ela?

Eu acho que tudo depende de como você vai conduzir a história. Igual eu falei, o amor dos dois é um amor muito claro, sincero e verdadeiro. Eu acho que diante da verdade, quando você expõe, quando duas pessoas expõem a verdade, e é uma verdade linda, é difícil você ficar contra. É mais fácil você ficar contra outra pessoa, que quer estragar tudo isso.

Personagem em coma

Porque, gente, a pessoa ficou em coma oito anos, você vai morrer a sua vida? O cara já está lá cuidando dela, oito anos, ele tem dó dela. Mas olhe que cara incrível que ele é. Ele é um cara muito íntegro, porque, qualquer outro, teria largado a mulher lá, de fralda, na cama. E ia arranjar uma menininha. Ele não fez isso, sabe?

E ela tem que engravidar para salvar essa menina?

Aí, não sabemos. Não tem nada escrito.

Como você está lidando com seu medo de sangue?

Estou lidando bem, muito bem. Cheguei lá, estava ótima, foi muito bom, a mão ficou um pouco gelada, mas eu falei “vamos seguir, porque estou me curando”, mentira.

Medo de sangue

Eu desmaio quando vejo sangue. Você chegou a desmaiar?

Quando era pequena, já. Mas nunca cheguei, na preparação. Tudo mentira, inventaram isso. Imagine se eles iriam deixar eu passar mal e cair deitada no corredor do hospital, gente.

A trama a gente vê que tem muito drama e tudo mais. Você acha que o telespectador, saindo de uma novela do Walcyr Carrasco, vai digerir isso muito bem?

Cara, eu nunca crio expectativa sobre nada, porque eu acho que a gente acaba caindo de um andar muito alto. Mas eu, como artista, como pessoa que adora novela, eu assisti novela a minha vida toda, eu estou muito encantada por essa novela. Não é que ela é dramática, é uma novela real.

Então, não é tipo aquela história bizarra que sai um cara do poço e trai a mulher, se enfia de novo, veste uma roupa de papai Noel e sai correndo. Não é uma história fora da caixa. É uma história de uma mulher guerreira, que existe, eu tenho uma empregada assim, que trabalha lá em casa, minha cozinheira. A minha faxineira, a minha prima passou por isso. Você está entendendo? Eu não posso nem falar porque eu fico emocionada. As histórias são assim, vocês estão muito no raso, perguntando essas coisas.

Personagem Suelen

E o sucesso Avenida Brasil?

Foi muito incrível fazer aquele personagem, um presente, assim. Foi muito legal, foi um presente para mim esse personagem, de [João] Emanuel [Carneiro], é outro gênio. É um cara que sabe escrever para as pessoas, fala a língua do público. E, cara, rever a Suelen, é um prazer, porque eu me diverti naquela novela, eu ria naquela novela. Teve uma cena que eu tive um acesso, eu cai atrás do sofá e eu não levantava mais, amor. Eu caí e não levantava. Aí, no final, eu olhei para o Thiago [Martins], e “continua a cena”. E eu tipo assim, passando mal, mal.

Você tem superstição na primeira semana?

Nunca tive. Na verdade, eu faço umas rezas, eu agradeço. Não tem essa coisa, do tipo, pular três vezes, não.

Como é que foi deixar o Rael em casa?

Primeiro achar uma babá perfeita, ideal, que eu conheça, que eu confio. É possível. Segundo, assim, ter um pai que me ajude. Eu não tenho família no Rio, eu só tenho meu marido, né? Que é meu companheiro, é o cara que cria o nosso filho junto comigo.

Você está construindo a sua família.

É a minha família. Aí, ele me ajuda com meu filho, entendeu?

Relação com a mãe

Me fala uma coisa, a novela se chama Amor de Mãe. Eu queria que você me falasse como é a sua relação com sua mãe.

Incrível, cara. Eu não estaria aqui se não fosse minha mãe. A minha mãe sempre me apoiou em tudo na minha vida, em tudo. Ela sempre esteve presente nos momentos mais difíceis, mas ela largou a vida dela para ficar comigo. Ela deixava o réveillon dela para ficar comigo, porque eu estava chateada. E ela sempre incentivou os meus sonhos, sabe? Quando todo mundo falava que ela era louca, porque eu sou de uma cidade desse tamanho.

Falavam “cara, ela nunca vai conseguir ser atriz, ganhar a vida assim, imagine”. Minha mãe fala “vai, sim. Se ela acredita, ela vai, sim”. “Pare de forçar sua filha a querer ser atriz”. Olhe que povo louco. Ela “não estou forçando”. Minha mãe passou por… Tadinha, ela chorava escondido de mim. Só que ela nunca deixou o sonho morrer.

Seu personagem fala na chamada “não posso ver minha mãe chorar”.

Ah, eu fico mexida. Porque essa mãe dela, o choro é por situações muito mais intensas. Minha mãe chorar de tristeza mesmo, coisa forte, aí acaba comigo, eu fico arrasada, também, igual a ela.

Como é o amor de mãe da Isis?

O meu amor? Hoje em dia, está bem intenso, quase idiota. Eu fico olhando para ele assim… uma cara de pamonha, gente.

O filho nas redes sociais

E essa exposição filho nas redes sociais.

Ah, eu não exponho ele muito. Eu não exponho ele muito. Eu boto umas fotinhos, uma outra, que eu não aguento, às vezes. A foto está muito fofa. Igual uma na banheira um dia, gente, ele faz ofurô, ele não se mexe, fica paradinho. Aí eu falo “vem, mamãe. Mas você está aí há meia hora. Vem, mamãe. Então, tá”. Fica quieto de novo, quietinho.

Você falou que essa novela representa muito as mulheres. Qual delas é você?

Cara, eu nunca parei para pensar isso. Eu acho que cada mulher é tão singular. Então, uma história ali não me pegou, como “ah, eu vivi isso”. Sabe? Pode ser a personagem da menina da professora, por exemplo. Ela queria ser professora, eu queria ser atriz. Ninguém acreditava que ela conseguiria. Sabe? A batalha dela atrás de uma coisa que ela acredita. Parece bastante comigo nisso.

Mudanças após ser mãe

Voltado a trabalhar depois da maternidade, muda muito?

Cara, muda, muda o sentimento, às vezes, você não quer ir. Tipo hoje eu não queria ir. Aí eu queria ficar com ele, aí ele chora, ele fica mexido, porque eu vou embora. Aí eu tenho que explicar para ele “a mamãe vai trabalhar, mas a mamãe volta”. E, às vezes, eu volto e ele está dormindo.

Aí essa hora que acaba comigo. Essa hora… Mas eu tenho que acreditar em mim, porque se não eu vou virar uma refém da maternidade. A gente não pode ser isso, entendeu? Tem que entender que você precisa trabalhar. Eu amamentei até seis meses de vida, exclusivamente. Eu me dediquei ao meu filho e parei de trabalhar mesmo. Eu estava com ele, era tudo com ele. Chega um momento que você tem que… Se não, você vai ficar em cima da criança. É que nem a personagem da Adriana Esteves, ela sufoca o menino. Então, tudo tem uma medida.

Que tipo de mãe é a Isis?

Eu acho que sou muito prática, cara. Eu acho que sou muito prática. “Vamos para praia, bora, enfia na bolsa duas fraldas, uma blusinha e foi. Dá banho na casa do amigo, que é logo ali na frente da praia. Vai ser assim mesmo. Não tem banheira? Liga a pia aí para lavar a bunda da criança”.

Sem frescura

Você não tem frescura?

Não, gente. Lava ali na pia mesmo, vai amar. É isso. Se ficar aquela louca, “mas são sete horas, ele tem que dormir no berço com a naninha”. Eu saio de casa com meu filho, às vezes, meio-dia, volto oito, meu marido está assim… Eu falei “amor, ele tem que viver a minha realidade”. Ou ele se adapta ou não dá. E ele vai, dorme no meio do restaurante. Juro, eu criei ele assim.

Você foi criada assim?

Ah, eu fui esperta, né? Eu falei, minha mãe foi esperta, porque tem muita criança chata. Mas não é a criança, é a mãe. Você entra no quarto… [som de silêncio]. Estou mentindo? Aí vira um inferno. Você para de viver porque a criança não pode isso, não pode aquilo. Aí você se priva. E aí? Ele foi para o Copacabana Palace comigo e o André para o Halloween, não foi para a festa, óbvio, ficou dormindo.

Dia seguinte, amor, ele rodou aquele Copacabana, até na Black pool ele foi parar. Ela nadou, engoliu água, ele dava risada para os outros. Ah, eu amo porque eu fui criada assim. Eu vou criar meu filho com os pés no chão. Eu deixei engatinhar no chão, botar a mão no cachorro, na grama. Eu amo. Eu acho que é muito bom para ele, sensorialmente falando, sabe? E ele é livre, não é um bebê chato.

Mãe controladora

Você acha que vai ser aquela mãe que vai controlar os filhos?

Acabei de falar sobre isso. Eu acho que eu sou uma mãe moderna. Gosto de ser uma mãe moderna. E o meu filho é criado de uma forma muito parecida com a minha, que é livre, é espontânea. “Ah, não tem como dar banho. Liga a pia aí, vamos dar banho”. Não é uma criança cheia de… Ele tem horários, porque isso ajuda ele a… horário de comer, tem que ter horários.

Mas você é rígida?

Não. Tem que ter horário para beber e comer. Como é que ele não vai comer? Eu criei uma rotina de alimentação para ele. Resolve a vida. Está em um restaurante, você pode fazer amassadinho para ele e vamos que vamos. Saio de casa meio-dia e volto oito da noite com ele nas costas, e vamos que vamos. Dormindo, levo troca de roupa. Já fui numa clínica de estética “você me empresta uma maca para eu trocar meu filho?”. É isso, se não, você vira uma refém da maternidade, entendeu? Você não pode. Tem que tentar adaptar a criança ao seu estilo de vida.

Isis, é impressão minha ou você procura manter seu pé no chão?

Sabe quem que é a culpada disso tudo? Minha mãe é uma onça. Se eu fosse uma maluca, ela ia me prender.

*Entrevista concedida ao jornalista André Romano

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