Chay Suede conta sobre seu papel em Novo Mundo: “É o personagem que mais gostei de fazer na TV Globo”

Publicado em 12/03/2017

Chay Suede está prestes a viver um novo desafio na carreira e conversou com nossa reportagem para contar detalhes de seu personagem em Novo Mundo.

Confira o papo:

Mais um mocinho em sua carreira, né? Conte-nos um pouco desse personagem.

“É outro mocinho. O Joaquim é o herói da história. Ele é um herói bem diferente. Ele não faz a menor ideia disso. Ele não lida com o fato de ser um cara legal e tudo mais. Ele acaba virando esse herói da trama. A ficha em relação ao heroísmo dele vai caindo aos poucos. Ele tem uma missão grande dentro desse folhetim. Além de tudo espiritual. Por conta da função dele na história. Levar os índios de uma situação de total risco no Sul da Bahia para o Rio de Janeiro. Em um período de 3 anos. Então, ele é um personagem que começa como ator, divertidíssimo. E termina em uma marcha por 3 anos dentro de uma floresta. Ele se transforma muito. Então quando eu digo que ele não sabia da função, é que essa ficha vai caindo conforme as coisas vão sendo apresentadas para ele. Conforme a própria missão vai se apresentando para ele. Ele sai fugido da Europa. Primeiro esse vai ser preso, ele é visto com uma barra de ouro na mão. Apesar de não ter roubado. Quem rouba a barra de ouro é a Elvira (Ingrid Guimarães). Ela não encontra um lugar para esconder e coloca na bolsa de cena dele. Ele vai encenar com essa bolsa e quando mexe na bolsa, ele encontra essa pepita de ouro. Ele é pego em flagrante falso. Mais é um flagrante. Ele começa a fugir com a ajuda dela. Mas em dado momento da fuga ele percebe que pode fugir sem ela. Ele pode ir ao Brasil sem ela. Ele decide ficar no navio; embarcar para o Brasil, e pensa que nunca irá ver a Elvira. No navio ele conhece melhor a Anna (Isabelle Drummond). O casamento dele com a Elvira será dito nos diálogos. Como tudo aconteceu de verdade. Ele casou completamente embriagado. É meio Las Vegas. Ela acabou colocando uma aliança no dedo dele. Enfim.”

Como será o reencontro dele com a Anna?

“Ele leva um tiro e; é cuidado pelos índios. Depois dessa passagem de tempo, ele e Anna irão se reencontrar. Ela não faz ideia de que ele está vivo. Eles passam um bom tempo separados. Ele também não faz ideia do estado de saúde dela. A chance de comunicação em 1820, dentro de um país como o Brasil, completamente rural, era impossível.

Em sua opinião, o amor resiste a distância?

“Eu acho que o amor resiste a distancia sim. Eu acho que sim. O amor é paciente, é bondoso, tudo espera, tudo confia. O amor em si. Não o amor romântico que a gente idealizou, né? Mas o amor verdadeiro. Eu acho que espera sim. Suporta a  distância sim.”

Qual personagem da trama que você jogaria fora do navio?

“Claro que eu jogaria o Thomas (Gabriel Braga Nunes), o grande vilão da trama. Ele seria o primeiro. Jogava com uma cabeçada (risos).”

Qual a diferença do amor romântico para o verdadeiro em sua opinião?

“Dizer amor verdadeiro soa muito arrogante. Em minha opinião, claro. A diferença do amor idealizado, do amor romântico, para o que é o amor. É que o amor romântico não suporta, não supera, não tem paciência. Não é amor, é paixão.”

Você está gostando de fazer esse personagem?

“Estou gostando muito. É a coisa que eu mais gostei de fazer até hoje na TV Globo. Está me entretendo. Enquanto eu trabalho, eu me divirto muito. É uma coisa bem legal essa novela.”


O diretor comentou que você não usou dublê. Como foi isso?

“Então, é uma novela de aventura. Tem muitas cenas de batalhas; lutas; e tudo mais. Tive várias preparações. Todos nós temos um dublê para as coisas que nós não conseguiríamos fazer. O meu dublê, o Pedrinho, é maravilhoso. Ele sabe tudo de circo e tal. Por conta do personagem ser um ator circense. Acabou que eu conseguir fazer a maior parte das coisas. Por causa dos treinos e da preparação inicial. Eu fiz praticamente tudo. Eu gosto de fazer essas cenas. Mesmo tendo muito medo de altura. A novela acabou me curando um pouco desse medo. Do pavor que eu tinha de altura. Eu tive muitos saltos e tudo mais. Eu me machuquei em várias cenas. Mas coisas superficiais. Os dublês estão muito bem preparados para proteger os atores. Mas tem alguns momentos de euforia, que a gente não pensa muito e acaba se machucando. Enfim.”

Você falou muito bem de amores. Você na sua vida pessoal já conquistou esse amor?

“Já! Confesso que estou (risos).”

Na trama, as pessoas estão chegando ao Brasil. Qual o lugar que você levaria uma sem pestanejar?

“Na cidade do Rio de Janeiro e depois, Salvador, Bahia. O Rio é maravilhoso. Eu não sou daqui, e, eu sempre fico impressionado com a beleza. Eu nunca me acostumo. É uma coisa muito louca de paisagem e tal. Bahia é mais para comer e conhecer o axé deles. A energia da Bahia é impressionante.”

E a parceria com a Isabelle Drummond?

“Apesar de a gente estar repetindo isso. É uma coisa nova. Pra gente foi uma coisa muito nova, algo muito fresco. A gente descobriu os personagens juntos nas leituras em grupo. E vimos que está bem distante do trabalho anterior  (A Lei do Amor) que a gente tinha feito. Apesar de estar repetindo, é uma experiência nova. Começa ndo do zero.

Você era um bom aluno de história no colegial?

“Eu era um bom aluno em história. E, prestei vestibular para história. Cheguei me inscrever para essa matéria. Mas o meu pai me convenceu a fazer comunicação, cinema e tal. Acabei fazendo cinema. Mas o que me fez passar no vestibular foi a minha nota em história. Enfim.”

Entrevista realizada pelo jornalista André RomanoAndré Romano

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