Um dos destaques de O Musical Mamonas, o ator Arthur Ienzura, que interpreta o baterista Sérgio Reoli, conversou com o Observatório da Televisão sobre o processo de estudo do seu personagem e também do contato que precisou ter com as famílias do músicos mortos em um acidente de avião em 1996.
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Confira a entrevista
Como se preparou para interpretar o baterista da banda?
Foram dois meses de ensaios intensos, todos os dias. Foi um processo muito cansativo, mas muito legal. Tive que ver muitos vídeos do Sérgio e tive também muita liberdade dada pelo nosso diretor. O fato de já tocar um pouco de bateria me ajudou bastante.
Acompanhou na época a tragédia que acabou com a carreira dos Mamonas? Se recorda de onde estava no momento em que aconteceu o acidente?
Não tinha como não acompanhar, por mais novo que eu fosse, todo final de semana eu ficava na frente da TV esperando pra ver onde eles iam estar. No dia do acidente, estava num sítio da minha tia e lembro que minha vó não queria me deixar ligar a televisão pra ver a notícia, mas não teve jeito. Quando vi o que tinha acontecido, chorei bastante, sem querer acreditar que aquilo tinha acontecido.
De tudo o que teve que aprender sobre o músico, o que mais destaca? O que mais foi complicado de aprender?
Como não temos muito material de estudo sobre os Mamonas, construir a personalidade do Sérgio foi o mais difícil. Saber como ele era fora das câmeras, do palco, como ele era com a família. Mas depois que descobri que ele era um libriano igual a mim e nascido no mesmo dia, isso me ajudou um pouquinho mais.
A família do músico assistiu ao espetáculo? Teve contato com eles? Como foi a reação? E o púbico como tem reagido?
Todas as famílias estão no projeto desde antes do elenco ser selecionado, tudo passa pela aprovação deles. Toda semana tem algum familiar lá, é divertido porque eles tratam a gente como se fossemos parte da família também. Graças as redes sociais conseguimos manter muito mais o contato com eles.
Acho que o público tem gostado bastante, já fizemos duas temporadas em SP, uma no RJ e vamos pra nossa segunda turnê nacional.
Tem planos pra TV e cinema? Ou até mesmo cantar?
Acho que TV e cinema são consequências de um trabalho bem feito. Não tenho pressa pra isso acontecer. Quanto a cantar, essa é uma possibilidade bem remota na minha vida (risos), mas se tem uma coisa que eu aprendi é, nunca diga nunca.
O espetáculo segue em turnê pela cidades de Goiânia, São Luiz, Mossoró, Natal, Recife e Maceió entre os dias 03/02 e 26/03 de março.