Sthefany Brito: em Jezabel, a moça de bom caráter que vive uma situação-limite

Publicado em 30/07/2019

Sthefany Brito atualmente interpreta Raquel em Jezabel, de Cristianne Fridman, atração da Record TV às 20h45min. Inicialmente avessa a ideia de se casar e constituir família, especialmente ainda jovem e com muito a vivenciar, Raquel teve sua vida impactada por dois acontecimentos. Primeiro, a paixão inesperada por Micaías (Guilherme Dellorto). Posteriormente, o estupro que sofreu após deixar a taberna de Phineas (Eduardo Lago) e fazer uma visita à oprimida Temima (Juliana Schalch), esposa de Baltazar (Alexandre Slaviero).

Estupro este não escondido dos familiares nem de Micaías, que casou-se com ela mesmo sabendo do ocorrido, e após um breve rompimento do casal. Para o jovem profeta, não foi fácil aceitar que o ato de violência sofrido por Raquel originou uma gravidez.

Na personalidade de Raquel, um contraponto ao estereótipo da mulher servil e submissa ao pai e ao marido

Com toda a certeza, e ainda mais em histórias passadas nos tempos bíblicos, não faltam exemplos de mulheres submissas. Das mãos e do jugo do pai para o marido, não raro escolhido sem qualquer consulta à maior interessada, ela mesma, a mulher além de tudo precisava manter-se cordata socialmente e ser o esteio da família que iniciasse. Para Raquel não diferiam os planos que os pais, Emanuel (Henri Pagnoncelli) e Yarin (Andréa Avancini), acalentavam. Embora ela sempre tenha sido impulsiva, rebelde e um pouco voluntariosa.

As dificuldades na consumação do casamento

Raquel “criou” alguns problemas para si, em virtude de não conseguir consumar o casamento com Micaías. Traumatizada pela violência sexual que sofreu, a moça samarita não se sentia à vontade para transar com o marido. Este, inclusive, se aconselhou com o pai, Inlá (Leonardo Franco). E ouviu dele que tivesse paciência e tratasse sua esposa com carinho e dedicação, mas não a procurasse à noite. Com o tempo, ela se sentiria bem e acolhida o suficiente para permitir aos dois a intimidade desejada. O casal é um dos grandes pontos de atenção da história, uma vez que seu entrecho romântico alivia um pouco a carga de tensão e maldade da trama central.

Os antecedentes da carreira de Sthefany Brito na televisão

Sthefany Brito completou recentemente 32 anos, e desde os 12, quando interpretou a Hannelore em Chiquititas, do SBT, participa de novelas. Sua estreia na Globo ocorreu em 2001, ao viver Dorinha em Um Anjo Caiu do Céu, de Antonio Calmon. Neta de Adrião (Antônio Petrin) e Laurinda (Ana Rosa), a adolescente era apaixonada por Kiko (Jonatas Faro), criado em sua casa. Logo após esse trabalho, Sthefany foi a Samira de O Clone (2001/02), novela de Glória Perez. A personagem era a filha mais velha do casal formado por Latiffa (Letícia Sabatella) e Mohamed (Antonio Calloni).

Um hiato na carreira de Sthefany Brito em nome da vida particular

Seguiram-se entre 2003 e 2008 as novelas Agora É que São Elas, Começar de Novo, Páginas da Vida e Desejo Proibido. Além disso, Sthefany Brito foi uma das apresentadoras do infantil matutino TV Globinho na mesma época. Ademais, seu trabalho seguinte em novelas ocorreu apenas em 2011/12, como Alice em A Vida da Gente, de Lícia Manzo. Nesse ínterim, a atriz deixou as telas para se dedicar a seu relacionamento com o jogador de futebol Alexandre Pato. Só para ilustrar, como os dois chegaram a se casar, ela precisou se mudar para a Europa, o que de todo modo atrapalharia as atividades profissionais em novelas no Brasil. Em 2013 foi Edwiges em Flor do Caribe, de Walther Negrão.

Após o hiato, a volta aos poucos e a perspectiva de bons momentos para Sthefany Brito

Depois de uma passagem pelo canal pago GNT como apresentadora do programa Fazendo a Festa, em 2016, Sthefany Brito ingressou na dramaturgia da Record TV. Ela viveu Nitócris em O Rico e Lázaro, novela de Paula Richard exibida em 2017 que voltará à grade no próximo dia 13. Será a substituta justamente de Jezabel, na qual a jovem atriz se destaca como Raquel. Uma personagem que colabora para seu amadurecimento como profissional e a distancia da figura de “menina” que a acompanha, em parte devido à sua aparência que não corresponde à idade. Em histórias bíblicas ou não, com toda a certeza a Record TV tem em Sthefany Brito um bom nome para papéis cada vez mais destacados de sua dramaturgia.

*As informações e opiniões expressas nessa crítica são de total responsabilidade de seu autor e podem ou não refletir a opinião deste veículo.

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