Novidade do ano na Record TV, o reality show culinário Top Chef ainda não disse a que veio. A atração não conseguiu, até aqui, se desvincular da comparação inevitável com o MasterChef, da Band. Além disso, o chef Felipe Bronze, apesar de simpático, não se mostrou a escolha mais adequada para comandar o programa.
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Felipe Bronze não é um novato na telinha. O apresentador e chef acumula experiência na TV com os programas de culinária que comanda ou participa no canal GNT. Bronze também foi visto no Fantástico, da Globo, na ocasião em que comandou o quadro O Mago da Cozinha. Sem dúvidas, a experiência o colocou como um chef bom de vídeo, capaz de se comunicar bem e mostrar carisma na função.
No entanto, a apresentação de um programa no estilo do Top Chef pedia alguém com mais firmeza. Felipe atua como jurado, mas também é o comandante da competição. É ele quem dá as ordens e cobra resultados dos participantes. Mas ele o faz sempre no mesmo tom. Em nenhum momento ele se coloca, verdadeiramente, como alguém a ser temido pelos competidores.
Rédeas curtas
É evidente que ele não precisa encarnar uma figura “do mal”, como fazia Carlos Bertolazzi à frente do Hell’s Kitchen, no SBT. Nem partir para as broncas gratuitas, como Buddy Valastro costumava fazer no Batalha dos Confeiteiros. No entanto, ele poderia se inspirar em outros apresentadores de realities, que sabem ser ternos quando precisam, mas também conseguem manter a competição sob rédeas curtas.
Ana Paula Padrão faz isso bem no MasterChef, por exemplo. Danielle Dahoui também conseguiu encontrar este equilíbrio em sua passagem pelo Hell’s Kitchen. Mas Felipe Bronze ainda não chegou lá. Sua conduta sem grande emoção faz com que o Top Chef perca ritmo. O que é uma pena, já que se trata de um formato com grande potencial.
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